quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Corrida para lugar nenhum


´´Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito``(Ecles.1:14)


Nos EUA, um filme de orçamento aparentemente baixo ( com um orçamento em torno de US$ 500 mil, aproximadamente R$ 900 Mil), tem chamado a atenção por colocar o dedo no modelo de educação formal norte americano, principalmente aquele que diz respeito ao oferecido a classe média alta daquele país. O nome do filme é ´´Race to nowhere`` (Corrida para lugar nenhum)

O roteiro do filme faz fortes críticas à chamada ´´cultura de alta perfomance``, onde o espírito de ambição e competitividade reinam de forma explícita entre  os jovens estudantes norte americanos, porém as consequências desta ´´cultura`` acabam por trazer influências nefastas, sobre os estudantes e por consequência em suas famílias.

É  lógico, que não podemos colocar em um mesmo plano a educação formal norte americana e a educação formal brasileira, há um abismo entre ambas, mas existe algo em comum entre muitos norte americanos e muitos brasileros, ou seja, o problema não é meramente cultural, social ou mesmo de filosofia educacional, antes, é uma questão da natureza humana caída (Natureza Pecaminosa), o qual manifesta-se nesta dada situação através do egocentrismo e avareza de muitos pais que desejam que seus filhos sejam os melhores alunos em suas turmas, e acabam por ´´incentivá-los`` a um desejo altamente nocivo e mesmo doentio, ou seja, os pais acabam por infundir nos filhos a ambição de serem pessoas ricas e assim se acharem também, melhores pessoas que as outras, pois maquiavelicamente se esforçaram na educação formal e por isto irão merecer aquilo pelo qual lutaram. Logicamente esta é uma visão reducionista, mentirosa e por isto mesmo antí-bíblica, mas ela impera infelizmente tanto lá como aqui.

E justamente a grande questão pontuada pelo documentário, realizado por uma mãe consciente e preocupada (Vicki Abeles), é sobre as consequências prejudiciais que toda esta ambição acarretará sobre os filhos desta geração de norte americanos, o qual é uma questão com repercussões tanto para os dias atuais, como para os dias futuros.

Contudo, alguém pode dizer.Existem coisas mais importantes para se preocupar, pois não há nada de mal, em desejar que ´´meu`` filho se de bem, seja o melhor entre todos e por fim se torne alguém rico! O grande problema, principalmente para aqueles que se dizem cristãos, ao tratarmos este assunto, é que a Bíblia Sagrada dentro da Cristologia, que atravessa o Livro Sagrado de ponta a ponta, não há nenhum incentivo aos filhos de Deus para a competição como nós a entendemos em nossos dias, mas somente a cooperação. E, não há em hipótese alguma o ensino de que se deve incentivar a busca e o desejo meramente das riquezas materiais, antes o incentivo é pela busca do Reino de Deus, que segundo Paulo não é ´´nem comida e nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo`` (Rm.14:17). Neste ponto é bom esclarecer que, ´´É Deus quem concede e permite a riqueza, para quem Ele quiser``.

Se é desta forma, é justamente porque Deus sabe muito bem quais são as consequências de uma busca carnal para ser o melhor e o mais rico entre as pessoas. Volto a mencionar, isto é uma verdade tanto nos EUA, como no Brasil e em qualquer outro país do mundo.

Voltando para o filme, é bom frisar, que ele fala de um segmento social específico, os moradores dos subúrbios de classe média alta. Logicamente, devido a atual situação econômica norte americana e mesmo nundial, este é um grupo que não mais representa o amior contigente dos estudantes norte americanos, porém é este grupo que ainda é formador de opinião pública  e divulga as ideologias capitalistas (vias mídias de massa e digital) e por isto mesmo continua tendo o poder de influenciar muitos nos dias atuais.

Fica a pergunta. É possível ter uma escola que não incentive o consumismo, a competição, a ambição errônea em seus alunos? Sim, existe. Porém, o problema é que não apenas a escola deve trabalhar virtudes puramente cristãs, mas principalmente os pais verdadeiramente cristãos, que em casa devem, desde bem cedo, demonstrar por suas ações que é possível viver um vida digna, de cooperação, sem ambição e de comunhão com o próximo.

Pense nisto.

Abraço
Elias


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