domingo, 6 de março de 2011

A Diferença e o propósito entre Media e Medium – Algumas breves considerações

A igreja evangélica brasileira, nos últimos dez anos, tem avançado e investido muito  em  Mídias de comunicação tanto de massa como as digitais. É importante que a mesma compreenda quais são os propósitos inerentes a cada uma destas mídias. Para tanto  será trabalhado, inicialmente a caracterização dos termos ´´media`` e ´´medium``.Neste artigo, elas serão embasadas na compreensão de Walter Ong, em sua obra ´´The Orality and Literacy``, onde ´´media`` representa os meios de comunicação em que o emissor de uma mensagem  não ocupa apenas essa posição, mas a de  receptor tambem, antes de enviar o que quer que seja; e ´´medium`` representa os meios onde a mensagem é movida  num só sentido, do emissor para o receptor(Ong.p.175-176,1982).

Assim sendo, aplicando aos meios de comunicação concretos, os termos caracterizados acima, ´´medium`` são os meios de comunicação em massa como rádio, televisão, cinema, jornal e revista e ´´media`` são os meios de comunicação digitais, tais como celulares, smarthphones e internet. 

A partir destas considerações, fica claro que tanto para as ´´media``  como para os ´´medium``, são exigidos um trabalho de interação entre  emissor e  receptor diferenciados entre si, ainda, é possível perceber que  um ou dois destes propósitos se aplicam tanto aos meios de comunicação de massa quanto aos meios digitais, como a Internet. Contudo, a grande maioria está relacionada com as midias digitais que são distintas entre si, mas se interpolam e se apoiam mutuamente. Para entender com  pouco  mais de clareza,  quais são as maneiras ou com quais mensagens  cada um dos meios de comunicações atingem seus objetivos, Robert K. Logan, aponta 14  propriedades que estão ligadas às novas midias digitais ou ´´media``, o qual ele definiu da seguinte maneira:

1.                  Comunicação bidirecional.
As mídias digitais estão acabando com a mão única na comunicação entre as pessoas, as implicações disto são muito importantes. Pois se antes, através dos meios de comunicação em massa, a mensagem tinha uma única via de trânsito, que era possível fazer dos receptores meros recipientes, porém os receptores agora estão no mesmo nível dos emissores, ou seja, o receptor é emissor e vice-versa. A partir desta propriedade, os cultos onlines no futuro, permitirão maior interatividade entre comunicadores e internautas e haverá até mesmo uma adaptação dos sermões, onde o visual irá se sobrepor à audição.Assim sendo, uma comunicação mais visual sobre uma de carater oral é que precisam ser compreendidas por aqueles que a realizam dentro das igrejas.

2.                  Facilidade de acesso e difusão da informação.

Com certeza, esta é uma propriedade  ligada tanto as mídias de massa quanto as digitais, pois apesar da unilateralidade das ´´medium`` elas proporcionaram às pessoas, principalmente a partir do início do século vinte, acesso a um amplo conteúdo de informações, o qual em nenhum outro período histórico, a humanidade havia alcançado. Com a chegada das ´´media``,a difusão e o acesso explodiram, e hoje  a grande preocupação é:  Quais serão as influências no ser humano, devido a esta grande difusão e facilidade ao acesso às informações? Por exemplo, doutrinas ortodoxas e heterodoxas estarão em pé de igualdade, a exposição de pregadores excêntricos, que sabem usar o poder da imagem, crescerá exponencialmente.

3.Educação virtual: o aprendizado contínuo.

A educação nos últimos anos tem mudado drásticamente,  os livros didáticos por isto mesmo  estão com os dias, anos ou mesmo décadas contados. O tempo para a completa extinção dos livros didáticos, principalmente dentro da Escola Pública, nos moldes atuais, se valerá muito da vontade política dos governantes que avaliam as suas decisões mais por critérios econômicos do que realmente pedagógicos.

As mídias digitais trarão para o ambiente da sala de aula, novos  modos de ensinar e também de aprender. As crianças e adolescentes de nossos dias e de um futuro próximo, altamente influenciados pela teleevisão e jogos eletrônicos, não irão mais suportar a ´´arquitetura`` didática da atual sala de aula, a qual está apropiada às crianças do início do século vinte. Assim sendo, o grande desafio educacional deste século é e será, como os educadores irão diferenciar processo ensino-aprendizagem de entretenimento.

O professor precisará portanto de uma formação continuada mais especializada na área e os alunos precisarão ser mais disciplinados. Porém o brasileiro de forma geral é um sujeito muito indisciplinado, o que exige uma mudança educacional com respeito a esta típica atitude cultural (indisciplina). A família, a escola e a igreja serão os ambientes educativos onde este comportamente deverá ser mais trabalhado. O s seminários das e nas igrejas, se tornarão cada vez mais virtuais, principalmente, devido aos recursos, como Bíblias, livros digitais e softwares voltados para o ensino online à distância.


4. Alinhamento e integração.

As novas mídias digitais estão proporcionando o alinhamento das pessoas,  que  em grande parte relaciona-se na afinidade de idéias das mesmas. As redes sociais estão permitindo que mais pessoas encontrem outras com as quais podem alinhar seus pensamentos e gostos e com isto há uma integração  maior, inicialmente virtual, depois pode se tornar concreta, dependendo dos propósitos contidos no alinhamento das afinidades. Como por exemplo, que ocorreu e tem ocorrido nos países do norte da África e Oriente Médio, com relação a questões sócio-políticas.

5. Criação de comunidades.

Cada internauta acaba por ligar-se a outro, e assim muitas comunidades virtuais vão surgindo, definindo e distinguindo cada propósito relacionado ao alinhamento e integração das pessoas através das redes sociais. Hoje existem, comunidades para todo  tipo e classe de pessoa, isto é fácil de conferir, através de uma rápida pesquisa na internet. Muitas pessoas,  menos avisadas,  entram  em comunidades a procura de pessoas com a mesma crença, idéias, filosofias, metas e acabam encontrando uma grande dor de cabeça, isto não significa que não existam encontros saudáveis e bons nas redes sociais, porém não se deve esperar o melhor em um contato com quem você nunca viu e nem sabe se a s intenções delas são verdadeiras.

 6. Portabilidade e a mobilidade, bem como flexibilidade de tempo (tempo de  deslocamento), que proporcionam aos utilizadores com liberdade no espaço e no tempo.

Os celulares estão se tornando cada dia mais aparelhos populares, milhões são vendidos todos os anos em uma curva ascendente. Uma das características dos celulares é a portabilidade, uma identidade que as ´´medias``  tem valorizado e buscado cada dia mais. Isto torna tanto o receptor como o transmissor em sujeitos que podem estar em qualquer lugar e assim mesmo terão acesso aos conteúdos em qualquer lugar e hora. Cada dia mais as pessoas terão acesso a informações que levavam dias para se espalhar pelo mundo; a mobilização de pessoas para eventos se tornará cada vez mais rápida e mediada por smarthphones, celulares e rádios transmissores portáteis, cultos e estudos bíblico serão cada vez mais acessados e assistidos. Se o mundo tornar-se-á um lugar melhor? Prefiro ficar com a Bíblia. ´´Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirãotempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natual, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afaste-te.`` II Tim. 3:01-05

7. Tecnologia, mídias híbridas e convergência de diversas mídias.

Um meio híbrido representa a convergência de diversas mídias, para que possam realizar mais de uma função e combinar, como é o caso  do telefone celular que funciona como câmara de filmar, mas pode tirar fotografias e transmiti-los. Os sistemas híbridos são por isso mesmo mais eficientes do que os componentes individuais. Assim sendo, o telefone celular que tira fotos,  transmite, fornece mensagens de texto, serve como um porto da Internet. Outro exemplo é o notebook, que é um computador e ao mesmo tempo é uma porta para Internet, leitor de CD e DVD, um gravador e, às vezes um iChat ou telefone VOIP. A convergência permite que muitas tarefas sejam realizadas no mesmo dispositivo, resultando em um nível de alinhamento e integração dos meios de comunicação nunca antes experimentadas. A (w.w.w.) World Wide Web ou a Rede de alcance mundial,  é  outro exemplo de um meio convergente, que integra texto, áudio, vídeo, gráficos e permite que haja possibilidade em participar de conferências, conversando, telefonando,  como acesso a sites de vendas, compras, leilões, bancos, buscando , pesquisando, aprendendo, participando de seminário, feiras e jogos.

As empresas de comunicação que ainda usam como suporte os meios tradicionais ( televisão, rádio, jornais e revistas impressas) de transmissão de conteúdos, estão migrando para as tecnologias híbridas, porém, ainda é cedo para dizer quando essa migração chegará ao fim. O importante é entender que essas mídias se tornarão mais baratas e por isto mesmo mais acessíveis aos consumidores de conteúdo, isso nos permite deduzir que o investimento em tecnologias híbridas devem está nas pautas de objjetivos daqueles que precisarem transmitir qualquer conteúdo através das mídias digitais


8. Interoperabilidade.

É a possibilidade de agregação técnica que a digitalização possibilitou às mídias digitais e não digitais alcançarem, para assim permitir a convergência de todas espécies de mídias. Os avanços da Ciência, nos últimos quarenta anos, em relação aos fundamentos analógicos e digitais aplicados aos meios de comunicação avançaram muito, e continuarão, o que permitirá um maior desenvolvimento na interoperabilidade das medias.
  
9. Agregação de conteúdo e fonte de informação abundante, o qual é facilitada pela digitalização e convergência.

Outra propriedade das "novas mídias", além da convergência de diferentes meios de comunicação é que os conteúdos ficam agregados. Um fator que promove a agregação  é a  facilidade do acesso à informação digitalizada, as  "novas mídias" tornam possível também o ajuntamento de conteúdos de diferentes fontes, segundo grupos específicos. As midias digitais estão permitindo que de uma  forma mais rápida as preferências, gostos das pessoas sejam conhecidos,  de maneira que empresas de todos segmentos, estão investindo em programas de  verificação cruzadas, a fim de obterem resultados mais efetivos para lançarem produtos bem alinhados com o que maioria prefere.

Os agregadores permitem que haja uma maior confiabilidade da informação transmitida pela Internet. Todos aqueles que promovem um cruzamento entre a multidão de informações lançadas na internet e conseguir filtrar até chegar àquelas mais confiáveis,  atrairá um grande público para si.


10. Explosão da escolha: o fenômeno da cauda longa.

As mídias digitais, devido ao seu caráter numérico indefinido, tem tornado a possibilidade de escolha algo impossível de se realizar, a consequência disto é o chamado aumento do ´´ruído``, ou seja, as pessoas precisam  tornar-se atentas para não seguirem um´´ruído`` que as levará a um encontro indesejado. Para que isso não aconteça, elas precisam saber o como  é importante ter consciência  de que há produtores de conteúdos que pagam por atenção para  tornar  os seus ´´produtos`` mais facilmente encontrados.  Entretanto, há uma realidade já disponível, onde as pessoas teem acessos a aplicativos, mecanismos para checar informações que podem desta maneira, segundo Gilberto Dimenstein colocou em sua coluna, no jornal Folha de São Paulo, aguçar o poder crítico do indivíduo e ainda tais dispositivos podem permitir  cruzamentos que tornarão as informações mais transparentes.

Com certeza, um dos mais importantes raciocínios sobre como são inesgotáveis ´´por enquanto`` as possibilidades da internet, é o pensamento do jornalista Chris Anderson, que cunhou o conceito ´´Cauda Longa`` . O conceito é baseado na idéia de uma curva formada por consumos que nunca zeram, a chamada distribuição de longo trajeto.
Desta forma,   Anderson coloca que durante o século XX,  o olhar dos negócios esteve direcionado para a grande popularidade dos sucessos, porém com a internet  veio o   momento de uma mudança de perspectiva. Ele observou que  na parcela que recebia menos atenção, a trajetória que prosseguia até o ápice nunca zerava. Assim ele chegou a seguinte conclusão: “O amplo leque de opções de produtos está disponível a todo o tipo de público pela internet”, ao elucidar que enquanto uma loja física é capaz de reunir um limitado número de itens, uma virtual apresenta uma gama de produtos muito maior, e à medida que acrescenta produtos aos negócios de uma empresa, sua audiência é ampliada em algum lugar do mundo. Com isto,  existe a possibilidade de atingir os  nichos de consumo muito  pequenos,  mas que pagam qualquer preço pelo produto exclusivo, até os nichos mais populares, que propocionam lucros pela quantidade. Assim sendo, todos  que quiserem fazer da internet seu braço principal de propaganda e vendas, deverá aumentar exponencialmente a oferta de produtos, para com isto alcançar uma audiência mais diversificada e também globalizada.
As aplicações da ´´Cauda Longa``, quanto a religião é que são preocupantes, pois no desejo de diversificar a sua audiência e tornar o seu alcance mais longinguo,  haverá a necessidade de aumentar os´´produtos`` a serem oferecidos, e a pergunta que não pode deixar de ser feita é:  Por acaso, as religiões trabalham com um ´´produto`` comercial? Pois, o que há na rede mundial de computadores e que pode ser constatado por uma simples pesquisa, ou uma rápida navegada é que  uma boa parte de blogs e sites. religiosos, dão mais destaques aos produtos comerciais do que a mensagem religiosa Porém, por outro lado é possível, ao menos hipoteticamente, que a ´´Cauda Longa`` aplicada a religião, pode promover a criatividade das pessoas.

11. O consumidor como produtor de conteúdo - o fechamento do hiato entre produtores e consumidores de mídia.

As ferramentas proporcionadas pelas mídias digitais, para o armazenamento e o trabalho com dados, juntamente com a proliferação das plataformas sociais e de comunicação gratuitas desde Facebook, You Tube, Orkut, Blogs, Skipe entre outros, junto com o aumento da velocidade da banda larga e da capacidade de processamento dos computadores, tem possibilitado para pessoas que não são profissionais da comunicação, criar conteúdos em grande quantidade.

Com as possibilidades advindas das mídias digitais, é chegado o tempo de uma nova mudança na divisão de trabalho, como aconteceu no período da Revolução Industrial, para alguns chega a ser até mesmo um retorno. Pois, antes da Revolução industrial, na sociedade feudal, tanto produtor como consumidor eram o mesmo sujeito. Através da revolução mecânica de organização que a industrialização provocou, surgiu uma divisão do trabalho onde passou a existir distintamente, os produtores e os consumidores, cada um em seu campo de atuação, com isto há uma centralização das atividades relacionadas ao processo produtivo industrial. Com as novas mídias surgem a possibilidade da reintegração do produtor e do consumidor. As diferentes formas de "novas mídias", capacitam seus usuários para criar seus próprios conteúdos  e assim, o  papel deles como consumidores passivos de conteúdos é invertido, tornando-os produtores e criadores de blogs, sites, como também criadores de próprios programas de rádio e até mesmo de filmes. As  "novas mídias" proporcionam uma capacidade não só  para a produção de conteúdos multimídia,  fornecem também os meios de distribuição de conteúdo para um público mundial, através da Internet.

Assim como a divisão de trabalho, advinda do modelo industrial moderno, modificou radicalmente a sociedade em suas variadas áreas, tais como: a trabalhista, educacional, a religiosa, a familiar, a habitacional, é bem provável que esta nova divisão de trabalho, promovida pelas mídias digitais, irá alterar novamente a maneira como vivemos, trabalhamos, relacionamos, aprendemos, cultuamos e assim passaremos a uma nova estrutura de sociedade. O qual exigirá de nós, uma profunda compreensão desta nova realidade social e como ela se relaciona com a Cosmovisão Bíblica!


12. Coletividade social e cooperação cibernética.

Todos os meios de comunicação, desde um simples diálogo, passando por uma conversa ao telefone ou uma troca de cartas, promovem a interação coletiva e cooperação entre as pessoas. Porém, algo sem precedentes tem ocorrido através das mídias digitais, pois aquilo que atingia um grupo muito reduzido de pessoas, hoje tem alcançado proporções globais e, algo que acontecia entre grupos de conhecido,s, chega a ocorrer entre pessoas que nunca se conheceram.

As formas coletivas de cooperação que as "novas mídias" viabilizam podem ser divididas nas seguintes categorias: interesses coletivos, decisões coletivas, recursos coletivos e projetos coletivos. Uma série de sites permitem que as pessoas que partilham interesses comuns se identifiquem uns aos outros, e sempre que possível eles permitem até o agendamento de encontros para que as pessoas possam compartilhar experiências e/ou organizar atividades conjuntas off line.

Coletividades e cooperações cibernéticas, estão avançando cada vez mais, desde áreas relacionadas ao emprego, negócios, busca de direitos humanos-ambientais e animais, relacionamentos amorosos, podendo chegar até mesmo à área religiosa.


13. Cultura do remix que a digitalização facilita.

A ´´Cultura Remix`` é uma das produções mais polêmicas da Era Digital, ela é a criação de novos artefatos culturais a partir de elementos culturais pré-existentes, ou seja, ´´alguns`` a chamam de plágio. Porém, segundo os defensores da cultura remix, a própria estrutura da web é a grande facilitadora e incentivadora da mesma, senão não existiriam os milhões de vídeos remixados circulando no You Tube, por exemplo, e em vez de condenarem tais remix, a própria mídia valoriza estes trabalhos, promovendo-os em programas televisivos. Com a grande ´´criatividade`` das pessoas, aliada ao aspecto democrático da  Web, os remix, estarão sendo postados na rede mundial de computadores, tanto para a diversão de milhões, como para o desprezo de alguns. Esta questão ainda trará muito debate entre criadores, políticos, produtores, Ministério da Cultura e a grande multidão de internautas que remixam e os que utilizam tais remix, é tanto que tal debate já existe entre os defensores do Copyright e os do Creative Commons. O Copyright, a grosso modo, é um termo utilizado para direitos de propriedade e de reprodução intelectual, onde somente o criador ou o proprietário, tem direitos de propriedade intelectual em uma versão mais flexível, que permite desde uma restrição análoga ao copyright até uma restrição bem mais branda, com direito a remixagem e uso comercial da produçaõ por terceiros.


14. Transição de produtos para serviços.

A última tendência  proveniente das novas mídias digitais que será abordada neste artigo é  a transição dos produtos  para os  serviços virtuais. Em vez de um produto como uma música, pregação, palestra ou software em DVD, BLUE RAY, CD e  CD-Rom e até mesmo livros impressos e embrulhados para presente, a tendência  daqui a dez ou vinte anos mais ou menos,  será a venda através da internet, onde os mesmos produtos  citados anteriormente com  uma funcionalidade bem melhor, serão baixados diretamente  através do ciberespaço, E, é importante lembrar que a distribuição do sofrware pela internet, tem a vantagem da atualização  o qual possibilitará ao serviço tornar-se um processo contínuo..As igrejas, missões, ongs terão  que se adaptar  na captação de recursos financeiros, mudando da esfera material, hoje ancorado  em livros, DVDs, CDs e CD-Rom,objetos físicos, para a internet,  apresentando serviços virtuais com  muito mais qualidade e com  um processo contínuo de atualização, exigindo assim um suporte de pesquisa e inovação contínuo, na produção de novos serviços, que envelhecerão rapidamente.

Conclusão

As instituições precisam ficar atentas as modificações que o próprio mercado tecnológico está impondo à sociedade, como um todo. As grandes empresas do setor de tecnologia digital, por enquanto não tem muita pressa ( pressa, elas sempre terão) em colocar suas formas de ganhar dinheiro com as pessoas, antes é necessário amadurecer e condicionar a sociedade para as influências das tecnologias de ponta, e então, lançar tudo o que já está preparado e  até o que  está em fase de experiência, mas que em poucos anos, estará pronto para chegar ao mercador consumidor. Por isto, estar atento aos passos que as industrias de software e hardware  dão, é uma maneira de preparar-se para saber como se adequar ás formas de levantar recursos financeiros, no futuro.

Para encerrar, é importante emitir que discordo de muitas atitudes que as organizações religiosas terão que tomar para continuarem levantando recursos.  Somente apontei os caminhos que já estão sendo trilhados hoje e, que somente irão adaptar-se aos trilhos virtuais da mídia digital em um futuro, não muito distante, para o perfil de cristão que atualmente pode ser denominado de cristão classe-média.

Fontes
Folha de São Paulo. Caderno Cotidiano.27 de fevereiro de 2011.Artigo ´´Ficou fácil deixar o rei nú``
Ong, Walter. Orality and Literacy - The technologizing of the word. Routledge.London and New York,,1995

Abraço
Elias

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