terça-feira, 3 de maio de 2011

Uma fábula – O velho, os dois reis e o Deus de Exaleipein

Era uma vez, a muito tempo atrás um velho, mas um velho muito sábio e temente a Deus, que habitava em uma região chamada Exaleipein, onde os campos eram sempre verdejantes e as belas cadeias de montanhas em sua majestosa vista com seus cumes cobertos de neve, enchiam os olhos de todos que as contemplavam. Este, sonhou que dois reis, um rei de um reino muito grande e outro de um bem menor, estavam indo até o Conselho de Sábios dos reinos, formado por nobres anciãos, localizados na região de Exaleipein, para impugnar a coroação um do outro. Caso, a situação não fosse resolvida no tribunal, os dois reis já cogitavam em levar seus exércitos para o campo de batalha.

Ao acordar, o velho sábio orou ao Deus Altíssimo, pedindo sabedoria para entender o que tinha visto e para saber o que deveria fazer. 

Na verdade, eram pouquissimos, apenas dois assessores de maior confiança e mais próximos a cada um dos reis, que sabiam das relações conflituosas entre eles e que estavam sendo tratadas por um tribunal de nobres anciãos de Exaleipein.

Porém, o verdadeiro Governante de Exaleipein agora decidira intervir na situação criada pelos reis. Através de um sonho, Ele começaria  demolir as intenções desses reis, que  aceitaram em suas coroações, prosseguir e manter a aliança promulgada a séculos e séculos atrás, pelo Grande Rei e Verdadeiro Governante de Exaleipein, que ao partir para sua jornada, entregou algumas terras para serem administradas por nobres que Ele mesmo escolhera entre seus súditos. Estes nobres, tornaram-se reis em Exaleipein e em uma decisão unânime e abençoada pelo Grande Rei, concordaram em apoiar, defender, respeitar e até mesmo sacrificar-se em prol dos reinos vizinhos, que tinham nascidos no mesmo propósito de unidade, sobre o qual Exaleipein fora edificada.

Ao  terminar sua oração, o velho sábio recebera a orientação de procurar, em segredo, cada um dos dois reis e lhes transmitir a Palavra dada a ele pelo Deus Altíssimo, a qual pode ser sintetizada da seguinte maneira: ´´Não fostes vós que escolhestes ser reis, Eu vos conduzi até o lugar que ocupais, não aceito, portanto, que entre vós haja decisões concernente às questões de cada um dos reinos de Exaleipein  que não tenham origem em mim. Agora, retirem as acusações feitas um contra o outro no Tribunal dos Sábios, e mudem as inclinações de vossos corações, senão  Eu mesmo  escolherei aqueles que são ´melhores que vocês`,para conduzirem os súditos de Meu Reino``.

Acabando de transmitir estas palavras a cada um dos reis, de forma calma, mas com uma autoridade incontestável, o velho sábio, com seu cajado, partiu em direção a sua pobre moradia, sem olhar para trás. 

Imediatamente, cada um dos reis chamaram em sua presença os únicos nobres que sabiam dos processos em trâmite no Tribunal, em ambos os reinos a resposta dos nobres aos reis foram as mesmas: ´´Nunca , EM NENHUM LUGAR, nem mesmo em nossas casas, comentamos a respeito desta questão, Ó MAJESTADE``. Temendo e tremendo diante daquilo que entenderam ser a interferência do próprio Deus nesta questão,  os dois reis rasgaram seus vestidos e choraram muito arrependidos por tudo o que tinham feito. E, assim retiraram as acusações movidas um contra o outro e mais do que isto, promoveram a reconciliação e o perdão mútuo, o qual proporcionou uma grande felicidade e alegria para esses reis.

Cada rei, foi ao reino um do outro e lá confessaram publicamente suas intenções e como desejavam, a partir daquele instante, seguir caminhando no mesmo propósito. Contudo, nunca comunicaram a ninguém como e por quem foram demovidos de  tais intenções.

Quanto ao velho sábio, morreu com quase cem anos de idade, incompreendido pela maioria de seus vizinhos, que o chamavam de ´véio visionário e sonhador`, mas nunca souberam eles, que através  daquele velho pequenino e de aparência frágil, dois reis preservaram seus reinos e que a vida de todos que habitavam àqueles reinos foram preservadas, porque ele havia obedecido a Palavra, vinda do próprio Deus.

Obs: A credibilidade e a aceitação das palavras vindas do velho sábio só foram possíveis, principalmente, porque naquele tempo não existiam  telefone, rádio, televisão, jornal, revista, internet( BLOGS, TWITTER,  SITES, FACEBOOK). Talvez, hoje estas mesmas palavras não mexeriam tanto com alguém, devido a proliferação dos meios de comunicações atuais, onde tudo é descoberto e imediatamente repassado a muitas pessoas, pelas mídias digitais.

Abraços
Elias

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