domingo, 30 de janeiro de 2011

A mudança do processo ensino-aprendizagem com a inserção do computador (Prós e Contras) e algumas propostas de conteúdo conceitual e técnico para uma nova educação tecnológica. (Texto Pedagógico)


Alvin Toffler, no seu livro O choque do futuro, “trata do que acontece às pessoas quando se veem esmagadas pela rapidez, com que se verificam, nas mudanças e nas alterações sociais .”            ( Toffler, 1971, p.1). E, entre tantas áreas  trabalhadas no texto, será  destacada a educação, por sua ligação ao assunto trabalhado neste Blog e para o qual ele separa todo um capítulo do seu livro.

Segundo Toffler, dentro de uma análise sociológica, as mudanças na escola surgem entre outros motivos, da ligação desta com à sociedade e o momento histórico no qual a mesma está inserida.  Para o ser humano da Idade Média, envolvido em uma sociedade estagnada, por exemplo, o conhecimento era transmitido “não por especialistas concentrados em escolas, mas através da família, das instituições religiosas e dos aprendizados artesanais.”  (Toffler, 1971,p.333).Deste modelo de sociedade surge então uma escola alicerçada no tradicionalismo e por isto mesmo contrária  à mudanças.

A Idade Moderna e sua nascente industrialização faz surgir um modelo de escola que precisava estar associada ao novo tipo de trabalho e de Homem que esta sociedade via nascer. O molde de trabalho industrial que estava sendo construído, precisava de um novo ser-humano, adaptado às novas realidades sócio-econômicas geradas pela industrialização da sociedade e o melhor lugar para infundir tais mudanças foi a escola, reorganizada segundo os princípios da industrialização.

Devido a estas transformações ocorridas dentro da escola, é que Toffler aponta algumas características muito criticadas da educação atual, como por exemplo ;
  • A regimentação;
  • A rigidez no controle das pessoas;
  • Valorização de notas;
  • O papel autoritário do professor.

Assim sendo, as escolas acabavam e ainda acabam sutilmente instilando no aluno a concepção de sociedade industrial, na qual estamos inseridos.

A rápida passagem pelos modelos escolares das  Idades Média e Moderna, serve para esboçar como o momento histórico e social  influenciam a escola e por conseqüência tudo o que  está ligada a ela. Atualmente, acontece o nascer de uma nova sociedade, a sociedade informacional, que segundo Castells é um termo que “tenta uma caracterização mais precisa das transformações atuais” (Castells, 2000,p.65), com relação aos movimentos sociais e ao Estado os quais estão baseados na  estrutura básica de redes. E, a escola dentro deste contexto de transformações muito rápido, encontra-se em uma encruzilhada precisando saber qual o caminho  a seguir. 

Toffler, aponta algumas áreas no qual as mudanças devem ser trabalhadas na escola:

·         Transformação da estrutura organizacional do sistema educacional;
·         Revolucionar o currículo;
·         E orientar-se mais para o futuro.

Como a preocupação deste tópico é trabalhar as mudanças do processo ensino aprendizagem, com a inserção do computador dentro desta mediação, será somente constatado a nível de informação,  assim como Toffler entende que não há como permanecer neutro às mudanças e que as mesmas exigem uma tomada de posição dos educadores... ao falar de uma transformação da estrutura de organização do sistema educacional, sua posição é de uma escola mais voltada para o uso dos equipamentos tecnológicos no processo ensino-aprendizagem, “essa tendência será grandemente encorajada por melhorias registradas na educação suplementada pelos computadores, pela gravação na televisão, pela holografia e por outros caminhos técnicos.” (Toffler,1971,p.338) 

Para contrastar esta posição de Toffler e mostrar a necessidade de ter uma postura quanto às mudanças no processo ensino-aprendizagem, será citado um trecho onde de maneira  contrária, Setzer  aponta  o por quê aceita apenas parcialmente a mediação entre professor e aluno, por máquinas.

“Quanto ao uso de máquinas para ensinar diversas matérias, eu admitiria apenas um uso muito restrito. Por exemplo, como já foi provado que a TV induz um estado de sonolência, semi-hipnótico, no telespectador [Krugman 1971, Walker 1980, Weinstein 1980], minha recomendação é que ela seja usada apenas como ilustração (por exemplo, em aulas de geografia ou biologia) com vídeo, por períodos muito breves (3-4 minutos). O professor deve exibir a ilustração, discuti-la, exibi-la e discuti-la novamente, evitando assim que as imagens sejam gravadas exclusivamente no subconsciente, como acontece normalmente com TV e filmes não tendo então efeito educativo, mas condicionador.

Com relação ao uso dos computadores no processo ensino aprendizagem, Setzer afirma que existem algumas razões para se opor ao uso deles,  na educação:
1º - O trabalho massivo da ´´Propaganda mercenária`` realizada pelos fabricantes de computadores;
   -    A preocupação em se usar uma aparência hiper-cosmetificada dos aparelhos;
3º - O fato dos professores não enxergarem e nem estarem preparados técnica e didaticamente para as alterações metodológicas;
   -  O tipo de aula excessivamente abstrata, que massacra psicologicamente os alunos;
   -  O  falso pensamento de que o computador moderniza, atualiza a educação formal;
   -  A valorização e a ênfase de uma adultização precoce dos alunos.
Dentro das respectivas linhas teóricas, uma concordando com a inserção do computador no processo ensino-aprendizagem (Toffler) e a outra discordando desta inserção no ensino fundamental (Setzer), pode ser percebida uma concordância:
É necessário a alteração do modelo de ensino-aprendizagem, cada um à sua maneira, porém é nítida a consciência de que o modelo educacional está superado e os professores precisam ter preparo  para enfrentar as mudanças que se fazem necessário no seu trabalho, junto aos alunos da sociedade atual.

Se é ponto pacífico que devem ocorrer alterações no processo ensino-aprendizagem por ambas linhas de pensamentos, por onde as instituições de ensino, tanto formal como informal, deveriam iniciar este trabalho de profundas mudanças, na formação e informação de nossas crianças para a sociedade midiatizada, que está sendo construída?

A preocupação deve começar desde a educação infantil. Nesta fase a criança deve ter uma educação que lhe possibilite ao menos, ter acesso:
  • ·         A conteúdos que trabalhem a fantasia e a imaginação, ou seja, muitas Histórias, Poemas, Desenhos Livres, Cânticos, Música, Teatro;
  • ·         A um ambiente que lhe permita aprender a reverência, o agradecimento, o respeito e o compartilhar;
  •      A um ambiente educativo que lhe permita conhecer e desenvolver atividades que contenham Ritmos diários, semanais, mensais e anuais;
  • ·         A práticas educativas que inibam a competição, mas valorizem a cooperação;
  • ·         A uma proposta pedagógica que valorize a socialização e o desenvolvimento da vontade;
  • ·         A um espaço de tamanho suficiente, que lhe permita movimentar-se;
  • ·         A muitos tipos de brincadeiras ao ar livre e brinquedos que contenham desafio;
  • ·         A materiais que lhe possibilite preparar, modelar e construir algo concreto, com utilidade e finalidade.
No Ensino Fundamental, um ambiente educativo deve dar  a criança por sua vez ao menos,  acesso:
  • ·         A uma liderança forte e ética que não aja com ignorância, mas que seja fonte de exemplo de hábitos saudáveis;
  • ·         A um ambiente e prática educativa que valorize a música;
  • ·         A uma proposta educativa que proponha um conteúdo mais concreto  e prático;
  • ·         A atividades artísticas como dança, pintura, teatro, fantoches, etc...) e artesanais tais como,           tecelagem, tricô, esculturas em gesso, madeira, argila, metais  e trabalhos de marcenaria;
  • ·         A um aprendizado  que valorize um desenvolvimento emocional saudável;
  • ·         A uma vivência do estético e do belo;
  • ·         A um processo ensino-aprendizagem que trabalhe uma educação física que valorize o corpo humano em seu todo;
  • ·         A um estudo, no mínimo, de dois ou mesmo três idiomas;
  • ·         A partir dos dez anos, a um conteúdo mais abstrato;
  • ·         A  partir dos onze anos, dar acesso à laboratórios de tecnologias que  apresentem e ensinem o princípio básico do funcionamento de  máquinas e equipamentos mecânicos e  até aparelhos que trabalhem com circuitos elétricos com baterias, resistores, LEDs, magnetos e relés;
No Ensino Médio, a educação deve possibilitar ao adolescente acesso:
  • ·         A um professor(a) que domine efetivamente o conteúdo da sua disciplina e que se comporte conforme ensina, principalmente em questões éticas e morais;
  • ·         A um processo ensino-aprendizagem que valorize a ida e o uso de laboratórios, palestras, feiras científicas e artísticas, bibliotecas, museus, teatros, viagens e salas de concerto musical; 
  • ·       A um conteúdo abstrato;
  • ·         A um contato maior com  as pessoas fora do contexto escolar, através de  atividades artísticas, cooperativas, socializantes, educativas, principalmente voltadas a pessoas mais carentes da sociedade;
  • ·         A um Laboratório de Microcomputadores onde deve ter uma disciplina técnica que lhe permitirá uma introdução: -A linguagens de programação (tais como Basic, Pascal, Java), com a finalidade de entender programas, introduzir editores de texto, planilhas, traçadores de gráficos e figuras, gerenciadores de bancos de dados. -Como entender e trabalhar com Correio eletrônico (e-mail), transferência  remota de arquivos, PowerPoint  e internet. -Conteúdo sobre o impacto psicológico e social dos computadores. -Ensino sobre a noção de algorítmos e sua complexidade, mediante exemplos de ordenação.
Alguns pontos devem ser destacados a partir daquilo que foi exposto acima.  

Nos primeiros seis - sete anos a criança preferivelmente não deve ser massacrada com um ensino abstrato ( se possível, nem mesmo ser alfabetizada), ter acesso a um conteúdo mais voltado para a vontade; evitar a possibiliidade de contato com aparelhos de tela e disponibilizar ao máximo brincadeiras e brinquedos e espaços para movimentar-se.

Após os seis primeiros anos até o início da puberdade, a criança deve sair, lentamente, das práticas pedagógicas concretas para mais abstratas, sendo envolvido com um conteúdo  voltado para a emoção e aos poucos sendo levado para a realização de práticas artesanais,  um conhecimento mais prático sobre o funcionamento e a construção de máquinas, ferramentas mecânicas e elétricas e o despertar para a socialização do aprender.

A preocupação com a Educação Básica, tanto no ensino fundamental quanto  no médio deve ser a mais importante para que o País construa uma base teórica e prática de suporte acadêmico verdadeiramente humanista, que leve jovens realmente conscientes, criativos e preocupados com questões sociais para os centros superiores de pesquisas de nossas Universidades,  que projetarão e construirão as tecnologias necessárias para a sociedade do amanhã.

E por fim,  é importante frisar  que se deve promover  a ligação do estudante, aos poucos, com o computador e esta precisa ser uma ligação onde o aluno  já tenha tido a possibilidade de uma ampla formação artística-criativa, que desenvolva uma plena consciência e uma  formação e informação intelectual e social  que lhe permita entender sobre as influências deste meio, sobre as pessoas e entenda como é a sua estruturação e o seu funcionamento. Com certeza, se houver uma preocupação sincera com a educação das crianças concernente a sua preparação tecnológica hoje para o futuro,  é certo que  as possibilidades de um verdadeiro e amplo desenvolvimento sócio-econômico chegará não somente às classes hegemônicas, mas também as pessoas menos favorecidas da sociedade brasileira... Isto possibilitará as Lideranças Políticas a Nível: Federal; Estadual e Municipal de forma mais equânime conduzir ao país, de uma situação de pagador de direitos intelectuais e fornecedor de cérebros para os países desenvolvidos, para uma posição de país soberano e desenvolvedor de tecnologias nas mais diferentes áreas!

Abraço
Elias

Referências Bibliográficas
  • Setzer,Valdemar W. A obsolescência do ensino [online]Disponível na internet via WWW: http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/ obsolesc.html. Arquivo capturado em  29 de Janeiro de 2011 - 14:01pm
  • Setzer,Valdemar W. Meios eletrônicos e a educação:uma visão alternativa.Ed.Escrituras.São Paulo.2001
  • Toffler,Alvin. O Choque do futuro. Ed. Artenova.Rio de Janeiro. 1971

sábado, 29 de janeiro de 2011

SIM, AS PALAVRAS TÊM PODER! (PARTE II)

O Mundo Pós-Moderno e as Línguas


Continuando com o assunto sobre o poder das palavras e a comunicação, algo que temos que ter em vista, e que todo mundo sabe, mesmo que nunca tenha parado para pensar nisso, é que toda língua se modifica. Isto é óbvio. Nós, por exemplo, não falamos da mesma maneira que os brasileiros de 1800, que não falavam como os portugueses de 1500, etc. Este é possivelmente o principal foco deste artigo, a saber, como as mudanças das línguas têm sido maximizadas e aceleradas devido ao uso das novas tecnologias e pelo relativismo do homem pós-moderno.
            Vamos por partes, primeiramente é necessário entender que as línguas se comportam de determinadas maneiras que podem ser estudadas. Quanto à mudança elas podem ser de duas maneiras principais, que por sua vez englobam outras:

1. A primeira maneira pela qual as línguas se modificam é através do tempo. Como já foi mencionado acima, nós não falamos como os brasileiros de 1900, 1800, 1700 etc., isto porque a língua portuguesa, como qualquer outra língua, mudou e está mudando. Para este tipo de mudança, os lingüistas têm um nome, chama-se mudança diacrônica, mudança no tempo. Vejamos o exemplo da palavra POVO, partindo do latim POPULU até chegar aos nossos dias.

POPULU – Populo – Popolo – Pobolo – Poboo – Pobo - POVO

2. Outra maneira pela qual a língua pode ser modificada é pelas relações e interferências com outras línguas, isolamento ou distanciamento geográfico, dentre outros. Por exemplo: em algumas regiões do Brasil se diz acará, em outras cará (uma espécie de peixe); para um tipo pequeno de macaco comum no nosso país, temos de acordo com as regiões: sagüi, sagüim, sauí, sauim, soim, sonhim ou xauim, dentre inúmeros outros exemplos, todas essas formas convivem dentro do território brasileiro, os lingüistas chamam este tipo de mudança de mudança sincrônica. Às vezes uma destas “versões” por motivos diversos, político, por exemplo, é escolhida para ser a “correta”, passando as outras a serem tratadas como erradas e forçando seus falantes a mudar a sua forma de falar, ou serem considerados falantes de segunda classe.

Mas a mudança mais preocupante não é propriamente a sincrônica nem a diacrônica, mas sim a mudança semântica (mudança de significado). Por quê? Porque as mudanças sincrônica e diacrônica acontecem naturalmente, é um processo natural de mudança, ninguém (nestas mudanças) para e diz: Vou nomear o macaquinho de sauí, só para a minha região falar diferente! ou Não gosto da palavra populu vou mudar para povo, para que as gerações futuras digam assim! Não, isso não existe, mas na mudança semântica isso acontece, e tem acontecido de maneira cada vez mais rápida e generalizada, isso porque a consciência do homem moderno lhes dá esse “poder”.
Dentre as características do homem que vive a/na pós-modernidade está o fato dele ser completamente relativista. Para ele não existe verdade absoluta, ele tem o direito de crer no que bem entender e até mesmo criar a sua crença, mesmo que ele esteja dentro de um ambiente que não permita isso, ou creia em outra coisa, e o posicionamento dos seus contrários, ele chamará de preconceito etc. Para ele, portanto, nada é estanque, ele pode e quer mudar tudo, pode e dará os significados que ele quiser a qualquer coisa, até mesmo às palavras já existentes. Isso se aprimora e se expande mais quando as novas tecnologias surgem e com elas as novas redes sociais. Com elas novos termos foram criados, mas muitos termos que já existiam foram e estão sendo modificados. O problema é que esses termos modificados não são apenas os termos técnicos, mas também os termos carregados de simbolismos, sentimentos, emoções, significados religiosos, culturais, sociais. Dando somente um exemplo: a palavra amigo. Uma palavra sempre usada para definir alguém por quem você tem um profundo afeto, amor, carinho. Agora uma palavra usada para também designar um desconhecido, “conhecido” apenas do mundo virtual.
Muitos, com isso, podem pensar que estou sendo radical, que é fácil fazer a distinção entre o sentimento por um amigo real e a simples aplicação da mesma palavra ao contexto virtual. Pois bem, se você tem 30 anos para mais, você faz parte da geração que quando os computadores/internet se popularizaram, principalmente na última década, já tinha todo o seu arcabouço lingüístico formado e somente adicionou novos significados, você vai conseguir (espera-se que sim) fazer a relação entre virtual e real. Mas se você está na faixa etária dos 20 anos isso quer dizer que o seu contato com os computadores/internet foi desde muito cedo (talvez não para todos, mas será cada vez mais intenso e precoce para as gerações vindouras) e o seu aprendizado do termo amigo e outros usados nas redes sociais, está sendo moldado pelas novas tecnologias. Talvez você pense que novamente estou sendo radical, que o termo amigo clássico (real) não será suplantado pelo termo amigo (virtual), que as duas formas existirão tranquilamente.
Porém, temos tudo para dizer que os novos significados suplantarão os velhos e que para as novas gerações o termo amigo dentre muitos outros, será o que se tem hoje na internet: impessoalidade, virtualidade, afastamento, desconfiança etc. Um “adicionar” apenas, nenhum compromisso. Como sabemos disso? Pesquisas lingüísticas sempre comprovaram que para que uma palavra ganhe um outro significado e o antigo significado morra, basta que o novo significado seja amplamente usado enquanto o antigo seja, ou substituído por uma palavra criada, ou usado em outra, ou esquecido. Diante do mundo em que vivemos não precisamos pensar muito para saber o que acontecerá. Um exemplo clássico desse tipo de mudança pode ser observado na palavra bead, do inglês, que atualmente significa "conta de um colar". Bead provém do inglês antigo, gebed, e significava “reza, oração”. A explicação da mudança de significado de “reza” para “conta” vem do fato do costume, entre os membros da Igreja Católica, de contar suas rezas ou orações em rosários, formados por contas. Por causa disso teve-se que se emprestar a palavra “prayer” do francês para cobrir o sentido deixado vago para “oração”. Se uma palavra tão forte como orar, passou a denominar única e exclusivamente “conta de um colar”, será que seria demais dizer que amigo deixará de significar o que significou para Jesus!? “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos (filos “alguém muito amado, querido, com quem se tem uma aliança de amor, alguém que se ama com o mesmo amor que se tem por um ente familiar, etc.), porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer Jo 15:15.” Felizmente, as palavras bíblicas ficaram registradas para que estudemos o seu significados na época de Jesus e seus primeiros discípulos, pois é por elas que seremos julgados.
A questão aqui não é ser partidário de algum pensamento que queira impedir que a língua se modifique, muito pelo contrário, é alertar o leitor para que saiba que nos dias atuais, nos últimos ataques do inimigo, nem mesmo as línguas (idiomas) escaparão, quando se mina o principal meio de comunicação, mina-se a comunicação, o que vem depois disso como na Babel dos tempos bíblicos é segregação, distanciamento, desunião. Daqui a alguns anos quando se ouvir que Jesus é nosso amigo (significante) que sentido (significado) as futuras gerações darão a isso? A nova Babel está às portas. Pense Nisso!

Rodrigo Nunes da Silva



Referências Bibliográficas


BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. O Dicionário como Norma na Sociedade. UNESP.

CALVET, Louis-Jean. Sociolingüística: Uma Introdução Crítica. Parábola. São Paulo, 2007.

CARVALHO, Dolores Garcia; NASCIMENTO, Manoel. Gramática Histórica. 6º ed. Editora Ática. São Paulo, 1961.

GONDIM, Ricardo. Fim de Milênio. Os Perigos e Desafios da Pós-Modernidade na Igreja. Abba Press. São Paulo, 2002.

MUSSALIM, Fernanda; BENTES Anna Christina. Introdução à Lingüística. Vol 1. 6º ed. Editora Cortez. São Paulo, 2006.